"No 16 de abril, véspera da votação do impeachment, minha página no Facebook atuava para tentar convencer parlamentares a votarem NÃO contra o golpe. De repente o Facebook me tirou do ar – no auge da campanha contra o impeachment – alegando que eu havia postado algo proibido pelas normas daquela rede. E eu NÃO havia postado nada que contrariasse as regras autoritárias e draconianas do Zuckerberg.
Agora, a pouco mais de uma semana da eleição presidencial, fui CENSURADO de novo pelo Facebook pelo prazo de 30 dias. Posso ler o que postam na minha página, mas eu mesmo não posso dar sequer um click.
De novo, como qualquer idiota alfabetizado pode ver nos arquivos, não sugeri atividade terrorista, não propaguei o ódio organizado, não propaguei assassinatos em série ou em massa, tráfico humano, violência organizada ou atividade criminosa. E também não expressei apoio ou exaltei grupos, líderes ou indivíduos envolvidos nessas atividades.
A quem devo me dirigir? Já mandei a mensagem de queixa ao Facebook e não se deram ao trabalho de me responder. A quem me queixo? Ao Decon? Ao Procon? Ao bispo? Ao papa? Á delegacia de crimes cibernéticos? Afinal, censura é crime pela Constituição brasileira.
Como devo proceder, alguém sabe? Obrigado,"
Fernando Morais
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