O jornalista Xico Sá escreveu uma crônica para o jornal espanhol "El País" sobre os torcedores brasileiros na Copa da Rússia. Veja um trecho:
"Há quem se recuse a vestir a camisa canarinho da CBF, modelo oficial dos manifestoches do impeachment -farsa épica dramatizada na pedagogia do samba da Paraíso do Tuiuti. Ah, bobagem, meu bem, dizem outros: "não misturo futebol e política, mesmo sendo contra tudo que está aí no cenário e no horizonte, vou vibrar sim pelo hexacampeonato ", faz mais um pra gente vê, menino Jesus. É apenas uma competição de futebol, sem essa de mané-pátria-em-chuteiras. O corvo Edgar, meu bicho de estimação, o maior agourento do futebol, seca explicitamente o time canarinho desde 2006. “Não tem acordo patriótico”, crocita o maldito, “esse Neymar virou um tremendo mascarado”. Tento domar a criatura no poleiro. Ele segue na mandinga, no escárnio e na blasfêmia. Nem o competente professor Tite, capaz de levar na lábia até a madre superiora, o comove. Que fazer?"
Sá também lembrou daquele personagem criado pela Gillette nos anos 80, o Pacheco, que virou sinônimo de torcedor fanático.
Relembre - ou conheça - o Pacheco. Assista ao vídeo.
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