O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu um texto para o jornal espanhol "El País" sobre a crise política. Bora Pensar! FHC foi o ministro de Itamar Franco que "surfou" legal no Plano Real criado por Itamar, herdeiro da Presidência por causa do impeachment de Fernando Collor. Mais inteligente do que competente, FHC tirou proveito da "engenharia econômica" planejada por Franco e embalou na estabilização econômica do país.
Prova de que Fernando Henrique "pegou a onda" do Real até ela virar marola, até o fim, até esgotar essa política, é que, quando terminou o segundo mandato, estava com uma reprovação de 36% dos brasileiros, de acordo com o Datafolha. Numa rápida comparação, Lula encerrou os 8 anos de governo com uma aprovação de 87% segundo o Ibope.
No texto para o "El País", FHC agora defende uma união das "forças progressistas". Leia um trecho:
"Há algum tempo venho pregando a união entre os setores progressistas (que entendam o mundo e a sociedade contemporâneos), que tenham uma inclinação popular (que saibam que além do emprego é preciso reduzir as desigualdades), que se deem conta que o mundo não mais funciona top/down, mas que “os de baixo” são parte do conjunto que forma a nação e que ao invés de se proporem a “salvar a pátria” devem conduzi-la no rumo que atenda, democraticamente, com liberdade, os interesses do povo e do país.(...)
"No quadro atual, entre o desemprego e a violência cada vez mais assustadora do crime organizado, a perda de confiança nas instituições é um incentivo ao autoritarismo. O bloco proposto deve se opor abertamente a isso. Não basta defender a democracia e as instituições, é preciso torna-las facilitadoras da obtenção das demandas do povo, saber governar, não ser leniente com a corrupção e entender que sem as novas tecnologias não há como atender às demandas populares crescentes. E, principalmente, criar um clima de confiança que permita investimento e difundir a noção de que num mundo globalizado de pouco vale dar as costas a ele."
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