DESABASTECIMENTO DE JORNALISMO

    A cobertura jornalística da greve dos caminhoneiros virou uma maratona para muitos jornalistas. Usando jargões de "profissionais da boleia", alguns conseguem "segurar no braço", mas outros "espanam a rosca". Fragilidades, inexperiência e incompetência ficam claras. O jornalismo, a cada dia, mais desgastado, mais deteriorado que caminhão velho.

    Culpa de quem? De patrões avarentos, mesquinhos, fanáticos...e fanáticos por dinheiro. Que só pensam em acumular lucros sem uma divisão justa com quem mantém a empresa em pé... e culpa de diretores e executivos que sacrificam profissionais e carreiras pra "cumprir metas". Entenda-se: pagar menos, contratar a "turma do piso". E a qualidade também fica "no piso".

    Poizintão....dito isso, pequenos exemplos do "padrão de qualidade" que "caiu da mudança" na greve dos caminhoneiros: Tem repórter que disse que a governadora Cida Borghetti participou da abertura da reunião do "gabinete de crise" do estado, e não ficou pra ir "cumprir a agenda". É informado isso pela assessoria do governo e ninguém diz nada? O que é mais "importante" na agenda do que discutir a crise? A menos que tenha acontecido alguma outra grande tragédia no estado - ou particular - mas, pelo que se sabe, felizmente, não aconteceu, era de se perguntar por quê ela não ficou na dita reunião.

     Outro acha(va) que álcool combustível e etanol são produtos diferentes.

     Um terceiro repórter afirma que União da Vitória fica "no extremo oeste" do estado. Diz isso, não corrige, ninguém corrige ele. Ou não se tem a "certeza" da informação, ou se preferiu "deixar pra lá". A propósito: União da Vitória fica no sul do Paraná.

    Pra terminar, antes que comece o "mimimi"da turma que faz o "jornalismo sapatênis", lembro que houve um tempo em que jornalista agradecia quando alguém orientava, corrigia ou criticava o trabalho.

                                 

E O JORNALISMO? VAI "VIRAR" VENEZUELA???