Respeito quem gosta da "não notícia", que se empolga com isso. Mas pra jornal diário tem que ter informação. Chega a ser uma ironia: os jornalistas (bem) mais velhos sofreram horrores com a censura (do governo militar, esse mesmo que muitos querem que volte...) sem poder dar notícias. O que eles faziam? Pra protestar, divulgavam receitas culinárias na primeira página dos jornais para o povo saber que ali, naquele espaço, deveria estar uma informação.
Agora que (ainda) se vive num país livre, (por enquanto...) sem censura "oficial", o que se faz? Dá-lhe receita! Não tem mais notícia? Assunto não falta: O país vive numa "panela de pressão" (daí vai sair alguma receita?); um governador sem foro privilegiado... não dá pra contar decentemente essa história? Não só de "passagem", de forma "protocolar" ?...Não dá pra contar a história do acampamento Lula Livre? E não só mostrar vizinho reclamando do barulho? Como fica a economia do estado com a (nova) governadora?
E que jornalismo se faz hoje? O "de serviço". Sim, é importante. Mas não só ele. As grandes reportagens acabaram. Entenda-se por "grande", os grandes assuntos. Não reportagem longa pra "preencher jornal". Sem contar o jornalismo investigativo. Bom, aí é pedir demais...
Aí se pergunta por que o povo está "migrando" para outras "plataformas"...faz-se reunião, paga-se caro por "consultores" pra "descobrir" o óbvio: o povo tá se mandando à procura da notícia.
Tá na hora de pensar na velha receita do jornalismo.
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