quarta-feira, 11 de abril de 2018

"A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO"... E A CLASSE MÉDIA? AO INFERNO?

    Coitado do historiador, do cientista político ou do sociólogo que tentarem explicar/entender o Brasil de hoje lá pelo ano 2100... Vai ser complicado lidar com as questões políticas, jurídicas e sociais.
    A classe operária brasileira foi ao paraíso nos dois mandatos de Lula e num pedaço do governo de Dilma (não a deixaram completar o segundo mandato. Teve o "golpe branco" com um impeachment de um "legalismo" impressionante).
    Poizintão: entre esquerda, direita e juízes punitivistas, lá estava nossa combalida classe média. No futuro, o estudo vai ser sobre o comportamento da classe média. Boa parte dela, se não a maioria, tem um comportamento preconceituoso com pobres, negros, homossexuais e mulheres. Não necessariamente nessa ordem. Nem sempre nessa ordem.
    De onde viria o ódio- contra as esquerdas -  desses que se imaginam participantes da "ceia do Senhor", sem nunca terem chegado perto da mesa? Acreditam que fazem parte de uma "elite" branca, estudada e culta. A elite, em verdade, é só aproximadamente 1% da população brasileira. Segundo dados do IBGE, só 10% dos brasileiros concentram cerca de 50% do total de riquezas do país. Ou seja, a "grande massa" de arrogantes não passa de "pobres metidos a besta".
   Não é difícil descrever o cidadão típico que menospreza - e trata com preconceito - os mais pobres: geralmente é uma pessoa que estudou, tem curso superior, mas não tem cultura. Tem o "canudo universitário", mas só pra pendurar na parede do escritório ou do consultório. Formação humanista zero! É o sujeito que "se informa" apenas com um telejornal noturno e folheia uma revista semanal, de preferência a seção "Gente", porque política é "muito chata" pra ele. Mesmo assim, se considera um "analista político", com todas aquelas bobagens que escreve nas redes sociais. "Quando dá", escuta uma rádio que "toca notícia". Com "tudo isso" se acha bem informado.
    Com muita arrogância, acha que "se livrar dos pobres" e "daqueles partidos que usam a cor vermelha", tornará o Brasil "mais limpo", porque "nossas cores são o verde e o amarelo".
    Em geral, representantes da classe média e novos ricos não aceitam movimentos sociais e suas reivindicações. Acreditam que são "vagabundos" que "não tem o que fazer". Para eles, reivindicar melhores condições de trabalho, melhores salários, é coisa de quem "não tem competência" pra "crescer na vida". 
    A classe média quer fazer parte do "banquete dos verdadeiramente ricos". Vive essa ilusão estando próxima - normalmente em ambiente de trabalho, porque é formada por profissionais (os modernos "colaboradores") que são empregados dos endinheirados. Só a proximidade com a classe alta já é suficiente para que se sintam "melhores" do que os outros. Têm a falsa ideia de que também fazem parte da "casta superior".
    Pensam que estão no paraíso. Mas o inferno é logo ali...

                                             
(Dica: para "enxergar melhor", clique no desenho)

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