Uma jornalista de 31 anos morreu de ataque cardíaco depois de fazer 159 horas extras em um mês. O caso aconteceu no Japão. Miwa Sado trabalhava na editoria de política da TV estatal NHK e foi encontrada morta em casa, na cama, em 2013.
Em 2014, as autoridades japonesas concluíram que a morte foi causada por uma quantidade excessiva de horas extras. Ela teve apenas 2 dias de folga no mês anterior à morte. A NHK só divulgou o caso 4 anos depois da tragédia porque foi pressionada pelos pais da repórter que exigem medidas pra evitar casos parecidos.
Miwa cobriu as eleições para a Assembleia (o equivalente a uma Câmara Muncipal) de Tóquio em junho de 2013. No mês seguinte, trabalhou na cobertura das eleições para o Senado e morreu três dias depois da votação.
O canal japonês se comprometeu a mudar suas práticas de trabalho. O presidente da NHK, Ryoichi Ueda, divulgou uma nota: "Lamentamos ter perdido uma excelente jornalista e levamos muito a sério o fato de que foi detectado um vínculo entre sua morte e o trabalho".
(com informações da revista Exame)
BORA PENSAR? Aqui no ocidente é comum as companhias quererem que os empregados trabalhem "além da conta". Ou o sujeito tem que fazer horas extras, ou entrar num sistema chamado de "extensão de jornada". Como é isso? A empresa faz um acordo com os funcionários e eles trabalham a mais tantas horas por dia. Como "ganho" terão, por exemplo, 30% a mais no salário. Parece ser "vantajoso" para o empregado. Mas e a qualidade de vida fica onde? Do trabalhador e da família dele? Pra empresa é só vantagem: ela evita pagar horas extras e, principalmente, evita contratar mais empregados. Aqueles que estão ali vão ter de dar conta do recado. Numa época em que o que mais se defende é o "trabalhar menos" ( não é ser vagabundo, mas trabalhar menos horas pra ter uma vida mais saudável), é de se estranhar - e muito - que ainda existam profissionais que se sujeitam/aceitam esse tipo de "acordo".
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