A deputada federal Christiane Yared, do PR, surge como um nome para concorrer ao Senado. O governador Beto Richa, do PSDB, também é pré-candidato. Até agora foram os nomes mais "fortes" que surgiram para senador em 2018.
No Facebook, Yared publicou um texto afirmando que está "incomodando os amigos do rei".
É impressionante como eu incomodo. Digo isso simplesmente porque desde que eu assumi que eu poderia aceitar o desafio de concorrer ao Senado, tenho sido alvo da artilharia pesada por parte de quem tem a caneta na mão e até mesmo dos bufões da velha política.
Se é pelo fato de ser mulher, mãe, confeiteira, ou simplesmente por ser uma corajosa, que vai à luta, não sei dizer. Mas sei que incomodo.
Uma coisa eu adianto: nunca tive medo de recados. Ameaça para mim virou uma rotina. Quantas levei quando foi descoberta a autoria da maior tragédia da minha vida?
Cara feia por ter de suportar uma representante de fora da velha política é o que mais vejo. No meu Paraná e fora dele também.
Apesar de eu enraivecer aqueles-que-vocês-sabem-quem, o rosno dos amigos dos reis é mais que natural. É apenas um grito desesperador feito por quem teme perder o que acha que possui.
Dispenso entrar em questões políticas pelas quais já até me renderam o título de 6a deputada mais atuante do Congresso. Não adiantará levar ao debate de ideias enquanto este show já estiver ensaiado.
Uma coisa eu garanto: a mãe que perde um filho tira forças que ninguém sabe direito da onde para conseguir Justiça. Ao encontrar meu filho morto, a luta passou a ser pelos filhos dos outros. O meu não voltará.
Enquanto eu puder, usarei a morte do meu filho para tentar buscar um país mais justo e com um trânsito mais humano, sim. É esta dor que tem dado a chance a outros filhos de viver que o meu não teve.
O meu descansa.
O meu descansa.
Transformar o luto em luta é o meu combustível. E essa força que me fez chegar até aqui será a mesma força que nos conduzirá, juntos, até onde Deus nos achar úteis. Queiram os reis e seus amigos ou não.
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