"TUÍTO, LOGO EXISTO"...OU A IMBECILIDADE NAS REDES SOCIAIS, POR UMBERTO ECO

    O escritor Umberto Eco (1932-2016) sempre foi um crítico feroz das redes sociais. Ele já disse, uma vez, que as redes sociais "dão o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. Normalmente os imbecis eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel".

    Dito isso, vamos noticiar que um novo livro (póstumo, claro!) de Eco está chegando às livrarias. É "Pape Satàn Saleppe" ( "Oh Satanás, ai de mim" ou "Pare, esta é a porta de Satanás!"). O título foi tirado de um verso de "Inferno" de Dante Alighieri, daí os 2 sentidos para a expressão.

    O obra é uma coleção de crônicas publicadas por Eco de 2002 a 2015 na revista "L'Espresso". Aqui ele volta à carga contra a comunicação digital quando ela é usada meramente como objeto de vaidade. Descreve, por exemplo, a obsessão que algumas pessoas de serem  vistas ou faladas, loucas por um "like" (ou "curtir").  Ele"detona"o "Facebook", mas também o Twitter (crônica :"Tuíto, Logo Existo").

                                          

                              O HOMEM QUE NÃO AMAVA AS REDES SOCIAIS