QUANDO O TELEJORNALISMO FICA VELHO

    Pessoas...fato "curioso" na manhã dessa quarta-feira na televisão. O programa "Edição das 10" da Globonews" começou às...9! Tem sentido o canal pago "desengessar"a programação num dia como esse, por causa da transmissão do julgamento da chapa Dilma-Temer. O que chamou a atenção foi um jornal das "10" começar às "9". Parece bobagem, mas não é. Vamos aos fatos.

    De "há muito tempo", o canal reprisa (das 9 às 10 ), o "Bom Dia Brasil", que acabou de passar na "nave-mãe" Globo. OK. É TV ABERTA e TV PAGA, mas num mundo de "comunicação instantânea", não faz mais sentido "perder" uma hora num telejornal que acabou de ir ao ar. Princípio: quem tem TV a cabo, também tem TV aberta. E não o contrário. 

    E a Globonews "não precisa disso". Essa hora (das 9 às 10) pode ser "preenchida" por jornal ao vivo, "quente" e não uma reprise. Veja bem, não vou discutir aqui a linha editorial Globo/Globonews (assunto para uma outra publicação...) mas afirmar que o canal a cabo tem condições de fazer um bom noticiário. Falo isso pela qualidade dos seus profissionais. É só ver à tarde: depois da "ediçao das 16" já emenda a "edição das 18".

    Se até a Bandnews (com muito menos recursos) consegue fazer "ao vivo" pela manhã, não vejo porque a "concorrência" não fazer nesse "buraco" das 9 às 10. E é bem melhor ver um programa "na hora em que o fato está acontecendo" do que uma repetição fria.

    Pra terminar, lembro aqui da "neura" que os (muito bem pagos) executivos de TV têm. Quem trabalha em TV vai lembrar disso. Quem nunca participou de uma reunião onde se diz: "Pessoal, precisamos fazer telejornal ao vivo, quente, inovar, a concorrência com outras plataformas está grande...tem aí a internet, as redes sociais...que levam parte da nossa audiência..."

    Aí você tem esse "discurso de modernidade", mas, ao mesmo tempo, uma programação "acomodada".