segunda-feira, 26 de junho de 2017

"CURITIBA EM CHAMAS": UMA ÓPERA-BUFA SEM FINAL FELIZ

    A Prefeitura de Curitiba, o governo do estado e os vereadores usaram um teatro, a Ópera de Arame, pra encenar um espetáculo horroroso para todo o país. A Prefeitura forneceu o "enredo": o "pacotaço" fiscal, que tira direitos adquiridos há décadas pelos servidores...o governo entrou com a PM que "desceu o cacete" e deu banhos de spray de pimenta  nos manifestantes...e os vereadores, os "atores dessa cena", aceitaram a sugestão do governo Richa (aliado do prefeito) de trocar a sessão na "Casa do Povo" ( a Câmara Municipal) pela segurança do teatro.
    Definição de ópera-bufa: " ópera de origem italiana (século 18) ligeira, espirituosa e satírica, geralmente em 2 ou 3 atos com personagens burlescos e finale de conjunto, desenvolvida a partir dos intermezzi representados entre os atos de uma ópera-séria".
    Pois o burlesco prefeito de Curitiba, Rafael Greca, inovou na "ópera-bufa" com seus atores favoritos, a chamada "base" de apoiadores da Prefeitura. O alcaide promoveu um espetáculo que não tirou risos, mas lágrimas do seu principal público: os servidores. Não tirou só lágrimas: tirou direitos conquistados há muito tempo.
    A Ópera de Arame, um teatro belíssimo, cartão postal da cidade, não merecia receber um Horror Show como o que se viu nessa manhã de segunda-feira, 26 de junho. O "som" foi o das bombas, dos cacetetes e das patas dos cavalos. Os "efeitos especiais" foram as bombas de efeito moral e os sprays de pimenta.
    O "espetáculo": "Curitiba em Chamas" promovido pelo prefeito que desafiou, na campanha, o ex-prefeito: "Se está difícil pra você, deixa que eu faço!".  Isso virou um bordão. E com ele, tocou fogo na cidade.
                                                               
                                                              







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