Pra quem você perguntar, sempre vai ter um caso pra contar. O professor Benedito Costa Neto, por exemplo, compartilhou essa no "Face". Veja alguns trechos:
"No sábado, duas senhoras se sentaram, atrás de mim e falaram o filme todo, conversaram animadamente como se estivessem numa festa, riram de coisas que não deveriam provocar risos, chutaram os bancos da frente, fizeram um piquenique no escuro.
(...)
Eu pedi que fizessem silêncio. Elas xingaram, disseram que sou grosso, disseram alguns impropérios e uma delas, a mais velha, me mandou sair alegando: “os incomodados que se mudem”.
(...)
A frase dela quer dizer isso: “eu estou aqui no meu espaço, faço o que eu bem entendo e você que, se não está confortável, que saia”. Trocando em miúdos: “vá se ferrar”. Em linguagem grandiosa: “vai se foder”. Eu, que não fui ao cinema procurando esse tipo de aventura.
Na real, elas chegaram atrasadas, já fazendo barulho, e se sentaram atrás, embora o cinema estivesse meio vazio. Se o raciocínio dela fosse levado ao extremo, aquele espaço seria "meu", que cheguei antes?... ou? Ou? Não: o cinema é um espaço para todo e qualquer um que entrou lá. Não é um velório, mas também não é um parque de diversões.
(...)
Ah, não eram jovens perdidos numa tarde escura fazendo gracinha para serem amados, eram duas senhoras beeeeeem crescidinhas."
E o curioso é o nome do filme que o Costa estava assistindo: "O Mundo Fora do Lugar".
Eu, de minha parte, também tenho uma lembrança desse tipo: O filme já estava passando e uma mulher atendeu o celular: "Alô, fulanaaaa....tô no cinema!!!"... aí alguém não se aguentou e disse: "Ah é...estamos no cinema? Ainda bem que você disse!"
(arte: freepick)
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